Um Estudo Sobre Cordas e Tensão

Que madrugada maravilhosa! Todos os parâmetros de influência no timbre por conta da tensão já compreendi. Agora é arrebentar a cabeça para quantificar e formalizar o efeito da massa (calibre), pra depois estudar os efeitos da "timbragem relativa". Feliz pra caralho! Esse gráfico diz apenas o por que que uma guitarra baiana NUNCA terá uma corda Dó sem "timbre de contra-baixo" se forem adotadas escalas convencionais que vão de 340mm a 370mm. (a não ser que se modifique o densidade da corda) A sinuca de bico está no seguinte fato: Para a Dó ter a tensão "adequada" para não soar com graves difusos, a escala MÍNIMA teria que ser de 400mm, para o ouvido humano "aceitar" o que temos de registro auditivo, por exemplo, de um Dó tocado na sexta corda e uma guitarra (não importa se uma Gibson ou Fender, de forma bem geral). Acontece que se for usada essa escala a primeira corda explode pelo simples fato de que ela atinge uma tensão denominada "tensão de ruptura" (pro aço é aproximadamente 2x10¹¹ Pa). Por isso algumas GBs com escala de 380mm não eram possíveis de se dar bends de 1 tom... meio tom e olhe lá! (Nuno Agra, lembra daquele teste "até estourar a corda"?) Depois que plotei o gráfico eu tive uma descarga de adrenalina que mandou meu sono pro inferno... ao mesmo tempo que um flashback de todas as conversas que tive com músicos nesses mais de 15 anos coletando dados e principalmente os papos que tive com o Márcio de Oliveira. Lembro claramente dele dizendo que a guitarrinha "se resolvia" na 2ª e 3ª cordas, e que algumas vezes a 4ª podia destoar do que se pretendesse tocar... Eu tenho quase certeza que se plotar as tensões presentes num contra-baixo que elas estarão em sua maioria na linha das cordas 5 e 6 da guitarra "para mais baixo ainda", rs... Qualquer análise rápida aponta que a escala interfere MUITO nas tensões das cordas mais finas, não fazendo muita diferença para as cordas mais grossas a não ser que as variações de comprimento sejam grandes. Estou extasiado! Neste 3 de setembro de 2019 abre-se um novo leque de possibilidades pra mim e, talvez, pros músicos.