Papo de Artista: Fábio Batanj
E nessa coluna papo de artista o Guitabaiana tem a honra de entrevistar um dos mais respeitados multi artista do país, representante respeitado por todos que tiveram o prazer de conhecer suas obras de arte, o Fábio Batanj:
GB: Vamos começar falando de quando e como surgiu seu interesse pela luthieria?
FB: Desde muito novo eu já tinha uma afinidade com ferramentas, meu pai sempre teve em casa essas maletas com as ferramentas básicas para manutenção do lar e lembro que eu pedia a ele para construir brinquedos para mim com a minha participação, a exemplo de um caminhãozinho de madeira que fizemos quando eu era criança.
Paralelamente sempre tive vontade de ser músico, tocar um instrumento, então sempre brincava de guitarrista, baterista, etc. Mais tarde quando iria completar 15 anos insisti para ganhar de presente de aniversário um violão, isso era no início da década de 1990. Ganhei então um violão simples, de uma marca barata, cordas de aço, trastes e tarraxas ruins, ação dura e braço grosso, mas foi neste instrumento que aprendi os primeiros acordes e melodias, o que me levou a querer ter uma guitarra no ano seguinte.
A guitarra prometida foi dada pelo meu pai junto com um amplificador simples também, seguindo o critério econômico, de acordo com a situação financeira da família, então algum tempo depois, cerca de um ano, eu já sentia a necessidade de modificá-la e melhorá-la trocando peças, modificando o shape do braço, enquanto o aprendizado musical também evoluía paralelamente.
Neste momento, os amigos começavam a trazer seus instrumentos para modificar e eu já conseguia fazer regulagens, sem cobrar nada, na amizade mesmo, pois eu também queria me superar a cada desafio e estava feliz pela confiança depositada e pela quantidade de serviços que começavam a aparecer, o que me dava cada vez mais experiente. Então, pouco tempo depois, resolvi construir o primeiro projeto que foi justamente uma guitarra baiana.
GB: Porque a guitarra baiana?
Desde muito pequeno eu tive contato com o trio elétrico e a guitarra baiana. Como nasci em Salvador, na minha infância meus pais me levavam para o carnaval, isso era entre o final dos anos 70 e início dos anos 80 quando a guitarrinha baiana era a voz principal do trio elétrico e isto ficou gravado na memória tanto visual e culturalmente quanto nos meus ouvidos atentos.
Meus pais tinham muitos vinis dos trios elétricos e outros artistas que utilizavam GB e na época e eu constantemente ouvia com eles em casa. Naquela época as músicas eram bem elaboradas, bem compostas e eram feitas para serem atemporais então era comum se ouvir os LPs durante o ano todo, não somente nos períodos festivos como Carnaval e São João.
Mais tarde no início dos anos 90 ao iniciar a primeira construção propriamente dita, escolhi a guitarrinha por já ter esta referência e por já estar acostumado com a estética e a sonoridade. Além disso, entendi que menos madeira, ou seja, menos volume de material a ser trabalhado tornaria o trabalho mais fácil, mas eu estava enganado, o trabalho é o mesmo de um instrumento de proporções maiores como por exemplo uma guitarra de 6 cordas.
GB: O que é preciso para ser um luthier? Qualquer um pode ser ou é um dom?
A luthieria é uma profissão como outra qualquer, e como toda profissão exige duas coisas: afinidade e dedicação. A afinidade com o universo da profissão na minha opinião consiste em gostar de trabalhos manuais, ferramentas diversas, máquinas rotatórias e eletroeletrônicas e não só saber utilizá-las, mas também ter certa facilidade em modificá-las e até mesmo consertá-las.
É necessário também entender e respeitar os métodos e procedimentos clássicos da luthieria que é uma arte centenária muito antiga e ao mesmo tempo estar atento e iterado a novas tecnologias, gostar de trabalhar com madeiras, medidas, cálculos, etc. A dedicação vem de se realimentar e se inspirar diariamente no instrumento, em suas possibilidades e variações.
Quando comecei nos anos 90 a dificuldade em encontrar material didático era muito maior do que nos dias atuais, aqui no Brasil infelizmente não existem publicações de referência para a luthieria então com muita dificuldade tive que importar livros, artigos, plantas, etc. e traduzi-los do inglês, espanhol e outras línguas.
Não acredito que qualquer pessoa possa se tornar um luthier, pois é uma profissão que alia arte, criatividade, dedicação, intuição, confiança e rigor técnico. Não basta somente estudar a parte acadêmica e não praticar, a parte plástica e física da coisa, é um universo a parte. Também não basta só praticar sem ter um embasamento acadêmico e sem pesquisar como os outros fazem e já fizeram, como em qualquer outra profissão, a troca de experiências deixa a mente aberta a novas possibilidades e é justamente daí que surgem muitas vezes as soluções.
Eu acho importante para o luthier ser musicista. Na minha opinião o luthier deve, se possível, ao mínimo saber tocar razoavelmente o instrumento que constrói e melhor ainda se souber tocar outros instrumentos, acredito que a música e a luthieria são artes “irmãs” e acredito que uma complementa a outra. Sou músico formado em Licenciatura pela Universidade Federal da Bahia, componho, leio e escrevo música, toco vários instrumentos de cordas e isto me ajuda muito na construção pois tenho propriedade para entender tecnicamente na prática o que deve ser feito para deixar o instrumento melhor, mais macio, assim como entender as necessidades do músico quando fala tecnicamente em relação às suas necessidades na execução de determinada técnica ou por exemplo, na ergonomia.
Na luthieria não é o bastante ter ideias geniais, tem que conseguir executá-las e isto exige muitas vezes uma habilidade diferenciada, treinamento e perseverança pois comumente, determinadas etapas precisam ser repetidas inúmeras vezes ou mesmo recomeçadas de outro ponto de vista para serem superadas.
GB: O que você acha das antigas Gbs? Quando se depara com uma delas sente o peso do avanço nas construções?
As antigas guitarras baianas tinham uma sonoridade peculiar porque não seguiam um padrão construtivo criterioso, pois após o surgimento do instrumento, no início da década de 1940, cerca de uma década e meia a duas décadas depois, passou a ser copiado de forma livre, tendo como referência construtiva (salvas as devidas proporções) as guitarras de 6 cordas (que apelidamos no universo da GB como guitarrões), que por sua vez, aqui no Brasil, começavam a engatinhar com os primeiros fabricantes e construtores. Citaria como fabricantes de guitarrões neste momento como exemplo a Del Vecchio e a Giannini e como luthier o Sr. Vitório Quintilho.
Em relação à qualidade, os guitarrões importados eram considerados pelos músicos da época como melhores do que os nacionais, visto que estes últimos eram cópias dos importados e ainda faltava o domínio de algumas etapas do processo construtivo ou mesmo peças específicas que não existiam comercialmente no país.
A maioria das antigas GB’s aproveitavam peças destes guitarrões e apresentavam um padrão de qualidade sonora razoável pois não tinham os trastes milimetricamente assentados porque naquela época muitos construtores simplesmente decalcavam o braço de um cavaquinho ou de outra GB com um lápis sobre um papel por cima da escala e depois transportavam para a régua do instrumento que estava sendo construído e também principalmente pelo fato do cavalete ou ponte muitas vezes eram retos como um rastilho, sem inclinação ou compensação das oitavas em função da variação dos diâmetros das cordas.
Além disso, não existia uma preocupação maior com os encordoamentos que quase sempre eram adaptados sem o critério de beneficiar as tensões e isto de certa forma também deixava o instrumento duro. Outros aspectos específicos são comuns em GB’s antigas como a utilização de tarraxas simples de cavaquinho, captadores improvisados, ação (altura) das cordas exageradamente alta tanto no cavalete quanto na pestana, fato que deixa as notas ligeiramente desafinadas, dentre outros.
Nem mesmo os fabricantes que se propuseram a colocar a guitarra baiana em linha serial construtiva no final dos anos 70 e início dos anos 80 modificaram estas características também porque era necessário que o instrumento fosse viável, então o ponto de vista estratégico empresarial era o mais econômico possível, pois o instrumento tinha que chegar às lojas com o preço atrativo.
Atualmente, as GB’s possuem um alto padrão construtivo porque nós luthieres de guitarra baiana atuais somos de uma geração que busca ao mesmo tempo estudar o passado e vislumbrar o futuro, respeitando os dois universos: o empírico e o acadêmico. Pesquisamos muito sobre maneiras e tecnologias para deixar o instrumento num padrão tecnológico e ergonômico atual assim como estão os demais instrumentos de cordas populares pelo mundo afora, desenvolvemos pesquisas de calibres de cordas, obviamente respeitando o que já foi feito pelos grandes mestres mas também propondo alternativas, pesquisamos sobre captações específicas para o instrumento, madeiras que timbram melhor, valorizando a tessitura e a estética natural da guitarrinha, fazemos adaptações de ferragens, pontes, etc., e também procuramos utilizar o que há de melhor no mundo em relação a tarraxas e eletrônica.
Comparar uma GB antiga com uma atual nos faz vislumbrar que a metodologia construtiva e o acabamento evoluíram muito e hoje o instrumento é totalmente diferente, mais macio, mais afinado e com a sonoridade mais definida.
GB: Qual o maior desafio técnico para a construção da guitarra baiana nos tempos contemporâneos?
Não existe um desafio técnico específico, eu afirmaria que existem determinadas etapas mais complexas do que outras. A adaptação de ferragens como por exemplo pontes, trêmolos e dispositivos do tipo floyd roses, travas e afins quando se fazem necessárias são etapas mais específicas e exigem maior tempo e dedicação assim como a construção artesanal de captadores específicos para guitarra baiana. O restante do processo construtivo, salvas as devidas proporções, é basicamente o mesmo das guitarras de 6 cordas e dos contrabaixos elétricos maciços atuais.
GB: Já encomendaram algum instrumento fora do contexto do normal com você?
Bom, admitindo que o contexto normal sejam GB’s de 4 e 5 cordas, é relativamente comum hoje em dia alguns músicos encomendarem guitarrinhas de 6 cordas. Já tinha construído uma a alguns anos atrás para um músico do Amazonas mas ele estava na dúvida se utilizaria a afinação tradicional da guitarra baiana em quintas ou uma outra afinação regional ou ainda a afinação standart do guitarrão porém uma oitava acima então, construí o instrumento de forma que funcionasse bem para estas opções. Atualmente existem em andamento outros projetos de guitarrinhas de 4, 5 e 6 cordas. Não sou um luthier que gosta de sair muito do conceito harmônico e estético do desenho do corpo, braço e headstock e aí vem justamente a questão comentada acima de respeitar o que já existe, o que é clássico na luthieria.
Às vezes faço algumas comparações (salvas as devidas proporções) como por exemplo comparar uma guitarrinha com um carro: o carro tem que ter motor, rodas, transmissão, etc, enfim são elementos que caracterizam o objeto que denominamos carro. Uma guitarrinha (ou guitarra) tem que ter corpo, braço, headstock, captação, ponte, tarraxas, etc., para que seja definida como tal então não dá para “viajar” muito ao ponto de interferir nesta máxima conceitual.
Quando algum cliente começa a ir além do que eu entendo como conceituação eu pontuo e já trago de volta pra realidade conceitual pois acredito que tem que se preservar a essência da guitarra baiana em sua forma de existir.
É por isso também que tenho preferência por modelos baseados em shapes (formatos) clássicos do universo da guitarra: Strato, Les Paul, SG, Fly V, Jaguar, dentre outros mas também tenho as minhas criações como o modelo autoral “1.0” que é um modelo mais simples, desenvolvido especificamente para iniciantes e um outro modelo autoral recém lançado chamado Vimana que tem construção semi-sólida e sonoridade mais jazzística para atender a necessidade de alguns seletos músicos parceiros. Além disso, como trabalho com uma produção pequena, sozinho e de forma totalmente artesanal, pois sou um artesão e não um empresário na construção de instrumentos, e posso me dar ao requinte de certa forma de me identificar com os clientes, que considero antes de clientes, parceiros.
Na maioria das vezes os pedidos são para construir projetos específicos para cada artista, atendendo às suas necessidades e este artista (cliente) e parceiro sempre participa da concepção, funcionalidade e estética do instrumento e é aí que o lado musicista me ajuda na troca de ideias e interação com os músicos, citaria como exemplo destas parcerias músicos que atuam não só no cenário nacional mas também fora do país como o Júlio Caldas, o Morotó Slim, o Robertinho Barreto do Baiana System, o Almir Côrtes com seu trabalho autoral e a banda de reggae Natiruts, dentre outros.
GB: A guitarra baiana teve seu auge e passou um tempo em parcial esquecimento, o que você aponta como vetor desse ciclo?
A guitarra baiana em seu surgimento fomentou um movimento musical original e genuíno que teve como base o carnaval e ficou conhecido como o frevo trieletrizado, mas ela é prioritariamente um instrumento musical melódico e harmônico como outro qualquer. A partir do momento que o carnaval deixou de ser uma manifestação unicamente popular e espontânea e passou a ser um gigantesco mecanismo industrial organizado correlacionado com o turismo, outras vertentes musicais mais comerciais passaram a ser exploradas e começaram a disputar o espaço.
Em meados da década de 1980, os teclados passaram a fazer parte das bandas e muitos guitarristas trocaram a guitarrinha pelo guitarrão se conformando com o mero papel de “harmonizador complementar” ficando numa prejudicial zona de conforto forçada.
Não considero que a guitarra baiana tenha ficado esquecida literalmente falando, pois, militantes do instrumento nunca deixaram de empunhá-lo nos carnavais mesmo nos momentos que a música meramente comercial passou a ter cada vez mais espaço. Se analisarmos bem, é um instrumento surgido em 1942 então hoje são 74 anos de existência, eu sempre digo que o instrumento é uma ferramenta utilizada para fazer música, desta forma podemos concluir que o que passou por um período de esquecimento, ou melhor, de modificação foram os estilos musicais e não o instrumento em si.
Se analisarmos historicamente este é um fato até certo ponto normal pois a sociedade está ligada às mudanças, o grande problema na minha opinião é que não existiu uma preocupação com a qualidade da música no decorrer destas mudanças. Lembro que quando eu era criança, ouvia os comentários de que músico pra subir num trio elétrico tinha que passar por severos testes de habilidade com o seu instrumento, tinha que conhecer um vasto repertório de música de qualidade e tinha que saber improvisar bem.
Nesta época, os resultados estão nos registros dos LPs para quem quiser constatar. Não havia os recursos tecnológicos de hoje, tudo era analógico, gravado à moda antiga, com o equipamento que se tinha disponível em relação à GB na época, a distorção original não era obtida por pedais e sim pela saturação do amplificador quando era projetado nas chamadas “cornetas progressivas”, esse timbre contribuiu para a solidificação de um estilo ou escola intimamente ligado ao instrumento o que de certa forma pode confundir as definições.
No início dos anos 90 realmente a quantidade de músicos que empunhavam a guitarrinha diminuiu substancialmente, mas isso tem um lado bom: a guitarra baiana de certa forma se preservou em sua essência sonora e praticamente não fez parte dos estilos musicais comerciais voláteis que infelizmente resultaram na música comercial escatológica que impregna grande parte do mercado atual, consumido pela grande massa da população.
Esse público consumidor foi doutrinado a enxergar a produção musical do carnaval apenas como entretenimento e apelação sexual e não reconhece as demais características que tanto encantavam outrora. Antigamente, no tempo em que as Gbs eram a voz principal do carnaval tínhamos polirritmias, abertura de vozes com duas ou mais guitarrinhas, virtuosismo melódico e improvisação, dinâmicas variadas, enfim arranjos apoteóticos e complexidades rítmicas, harmônicas e melódicas.
GB: Qual o futuro que deve ser seguido pela guitarra baiana?
Acredito que ninguém poderia ditar facilmente o caminho para o instrumento. A música é uma arte espontânea e seja de forma efêmera ou perene as tendências musicais surgem e vão sem existir nenhum mecanismo real de controle sobre isso pois estão ligadas à cultura e a todo um contexto social do local que coexistem. O que pode e já está sendo feito é tocar a guitarra baiana, quanto mais gente tocando a guitarra baiana melhor, então o que se faz necessário é divulgar, mostrar o instrumento sempre, seu conceito e formato, seu som e suas possibilidades estéticas sonoras.
GB: Existe espaço para novos luthieres no ramo da guitarra baiana o mercado está saturado?
Claro que existe espaço, a saturação está longe de acontecer porque felizmente a quantidade de músicos, entusiastas e aprendizes do instrumento é infinitamente maior do que a quantidade de bons construtores atuais e a tendência num futuro próximo é aumentar mais ainda. A questão é que para ser um bom luthier de guitarra baiana é necessário viver o instrumento, ter no seu âmago a GB como referência, não apenas copiá-lo ou construí-lo por osmose. Percebo que nós luthieres de guitarra baiana, conseguimos construir os instrumentos dentro de uma espécie de prisma místico que faz a diferença no resultado final. Acredito também que espiritualmente a concepção de uma guitarra baiana é uma questão de energia. O luthier de guitarra baiana é escolhido pelo instrumento e não o contrário.
GB: Você é bem mais conhecido como fabricante dos instrumentos, mas os mais próximos sabem do seu exímio talento musical, tanto na GB como no Baixo, além de compor, como concilia as três vertentes da arte? (Composição, luthieria e músico)
Estas três vertentes convivem de forma bastante natural, mas no total na verdade não são três, tem também as exatas e as humanas. Além de músico, luthier e compositor, sou professor de música atuante e também tenho formação técnica na área de engenharia civil onde atuo por duas décadas. Entendi desde muito cedo que os conhecimentos adquiridos em várias áreas são acumulativos e ainda que aparentemente distantes, tendem a se complementar. Além de tudo, também sou pesquisador da cultura brasileira e em especial da música e tradição cultural nordestina.
A formação como técnico de engenharia foi essencial para a luthieria pois me deu subsídios para a conceituação digamos, mais cartesiana, e também o lado da afinidade com cálculos, normas, experimentações construtivas e observação científica; já a formação em Licenciatura em Música além de me permitir ensinar música, agregou conhecimentos musicais acadêmicos que somaram com a bagagem autodidata e me deram tranquilidade para atuar como músico profissional por muitos anos em Salvador onde participei de vários projetos, muitos deles autorais em parceria com amigos músicos.
GB: Quanto custa em média suas guitarras? Como fazer para comprar e a estimativa de tempo de espera?
Este assunto é bastante interessante e certamente é uma curiosidade de muitos. O preço dos meus instrumentos é o resultado de todo um contexto complexo que envolve todos os detalhes de cada projeto. Em projetos custom, por exemplo, onde utilizamos os melhores componentes, as melhores combinações de madeiras, os melhores acabamentos, somada a muitas horas de dedicação não só do artesão, mas também do projetista, obviamente vão compor um valor correspondente a esta expectativa e realidade qualitativa, então não considero um custo caro nem barato mas sim um custo justo.
Em projetos intermediários, onde o cliente opta por otimizar ao máximo o recurso disponível em função da máxima qualidade possível, a equação sofre pequenos ajustes e envolve geralmente um estudo de alternativas onde são deliberadas após análise do cliente, as melhores opções.
Já o meu projeto mais simples que é uma guitarrinha para iniciantes, o qual batizei de 1.0 tem um custo pré-definido porque justamente tem as características também pré-definidas e imutáveis então ele é o meu instrumento mais acessível.
Para encomendar um instrumento é muito simples, basta entrar em contato comigo e alinhar os entendimentos. Eu preciso saber como o cliente pretende que o instrumento seja, quais são seus objetivos musicais com o instrumento e irei avaliar se tenho condições e interesse em construir, visto que como comentei anteriormente, sempre entendo esta relação prioritariamente como uma parceria.
Em relação a estimativa de tempo de espera, sei que é um assunto angustiante mas tenho uma conceituação bastante clara sobre isso. Eu trabalho sozinho e artesanalmente, tenho bastante demanda não só de construções, mas também de reparos e regulagens e procuro sempre respeitar as etapas construtivas e de secagem das madeiras e colagens de cada projeto. Em alguns casos, principalmente em projetos custom, podem demorar meses ou até anos, em outros casos, um prazo de 60 a 90 dias seria uma média, mas podendo ser estendido, tudo depende da minha disponibilidade e da quantidade de demandas no momento.
GB: Deixe sua mensagem para seus admiradores e seguidores do guitabaiana.com:
Desejo a todos os entusiastas e admiradores da guitarra baiana e deste site guitabaiana.com, as melhores energias e boas vibrações. Se já toca, está aprendendo ou tem interesse em conhecer o instrumento, que adquira uma guitarra baiana e comece a praticar. Certamente entrará em contato com um novo universo de possibilidades musicais e um fascinante mundo de sons que somente a guitarrinha tem o poder de lhe oferecer. Grande abraço a todos,
Fábio Batanj – Luthier
Salvador/BA
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