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Levada de Samba-Reggae 2

Para Ajudar nos estudos estou disponibilizando uma série de Tracks de Samba-Reggae para acompanhamento.

Serão quatro batidas, postadas a cada quinzena, e cada uma acompanhada da história de alguns blocos afros.

(Obs: As tracks não necessariamente se reportam ao som dos blocos citados)

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Bloco ILÊ AYÊ

O Ilê Aiyê, ou simplesmente Ilê, é o mais antigo bloco afro do carnaval da cidade de Salvador, no estado da Bahia, Brasil. Criado em 1 de novembro de 1974, o Ilê foi o primeiro bloco afro do Brasil e hoje constitui um grupo cultural de luta pela valorização e inclusão da população afrodescendente, inspirando a criação de muitos outros grupos culturais no Brasil e no mundo.

Na sua primeira apresentação, no carnaval de 1975, o Ilê Aiyê apresentou a música "Que Bloco é Esse", de Paulinho Camafeu:


"Que Bloco é esse

Eu quero saber

É o mundo negro

Que viemos cantar para você"


O surgimento do grupo desvelou a repulsa, antes sob as vestes da democracia racial. Inicialmente, os formadores do bloco pretendiam nomeá-lo "Poder Negro". Entretanto, a Polícia Federal da Bahia impediu o registro do bloco com este nome alegando que possuia conotações negativas e "alienígenas". Além disso, à época, a imprensa baiana apoiou e incentivou a proibição acusando o movimento de formação do bloco de ter "inconcebíveis intenções subversivas" por pretender vincular a situação do negro brasileiro à do negro americano. O Jornal A Tarde, de 12 de fevereiro de 1975, tinha como manchete: "Bloco Racista, Nota Destoante".


Hoje em dia, o Ilê Aiyê é hoje um patrimônio da cultura baiana, um marco no processo de reafricanização do Carnaval da Bahia.

O objetivo da entidade é preservar, valorizar e expandir a cultura afro-brasileira. Para isso, desde que foi fundado, vem homenageando os países, nações e culturas africanos e as revoltas negras brasileiras que contribuíram fortemente para o processo de fortalecimento da identidade étnica e da autoestima do negro brasileiro, tornando populares os temas da história africana vinculando-os com a história do negro no Brasil, construindo um mesmo passado, uma linha histórica da negritude.


O seu movimento rítmico musical, inventado na década de 1970, foi responsável por uma revolução no carnaval baiano. A partir desse movimento, a musicalidade do carnaval da Bahia ganha força com os ritmos oriundos da tradição africana favorecendo o reconhecimento de uma identidade peculiar baiana, marcadamente negra. O espetáculo rítmico-musical e plástico que o bloco exibe no carnaval emociona baianos e turistas e arranca aplausos da população.


A riqueza plástica e sonora do Ilê Aiyê retoma todas as formas expressadas na evolução dos movimentos de renascimento negro-africano, negro-americano ou afro-americano, as decodifica para o contexto específico da realidade baiana, sem perder de vista a relação de identificação entre todos "os negros que se querem negros" em qualquer parte do mundo, ressaltando sempre o caráter comum da origem ancestral, de um passado comum que os irmana.


Com 3 mil associados, o Ilê Aiyê é, hoje, um patrimônio da cultura baiana, um marco no processo de reafricanização do carnaval da Bahia.

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Bloco Afro MALÊ DEBALÊ

O Malê Debalê é um bloco-afro de Carnaval da Bahia em Salvador (Bahia). O bloco conta com cerca de quatro mil integrantes e foi fundado em 23 de março de 1979 por um grupo de moradores de Itapuã que tinham o desejo que seu bairro pudesse participar do carnaval de Salvador, capital do Estado da Bahia.


Criado com inspiração na população descendente dos Malês povo de origem africana de religião muçulmana que lutaram na Revolta dos Malês contra o sistema escravocrata brasileiro. Atualmente o Bloco Afro Malê Debalê, cedeu uma parte de sua sede para ser uma escola de Ensino Fundamental, que passou a se chamar Escola Municipal Malê Debalê.


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