top of page

Minhas GB´s - Yuri Barreto


Minha primeira guitarra baiana foi a Dell Vecchio, uma das grandes sensações da década de 70, que foi o primeiro instrumento da grande maioria dos guitarristas da época. Quando comprei ela não tinha ponte, então fiz com resíduos de perfil de alumínio, parafusos, enfim, aproveitei um monte de materiais e fiz. Estamos falando de 2001, 2002, então essa guitarra já tem mais de 10 anos comigo. Interessante que já afinei ela pensando em uma guitarra baiana de 6 cordas, ré, sol, dó e fá (da aguda para grave). O som dela é bem abafado porque a escala é de 34cm, as cordas 0,54, o ideal seria a partir de 0,65 a 0,72, mas já dá para se ter uma ideia de como soaria uma GB de 6 cordas.


Minha segunda guitarra baiana, a Andarilha, a primeira guitarra baiana que construí, baseada na Ibanez Roadstar II, especificamente o modelo RG440, a que tem os singles do meio e do braço inclinados. Foi feita com madeiras extremamente pesadas, tanto o braço como o corpo foram feitos com uma madeira chamada perobinha; extremamente densa, dura também de se trabalhar...uma madeira complicada, mas na minha cabeça, eu queria manter a estética do maple , que na época, 2002, 2003, eu não sabia onde comprar... e a escala dela é de pau d´arco. Na época foi bem difícil, pois não tinha referência de medidas, eu ia catando um pouco de cada guitarra que ia passando por minhas mãos, eu tinha um ano ou dois como luthier. Então, essa foi minha segunda guitarra e é meu xodó. Devo aposentar ela, mas vou manter as marcas, pois é a história dela, vou botar escudo novo, manter as tarraxas, a ponte dolphi que adaptei para cinco cordas, mas acho que o que ela realmente merece são captadores próprios, nada de seis polos para 5 cordas, acho que é um presente para essa guitarra, que sempre esteve nos meus estudos. Ele possui uma série de errinhos, mas sem dúvidas é minha favorita.


Minha terceira guitarra, a Musiquinho Fred Mercury, um presente de Magno Lima, que eu tive a grande satisfação de ter esse cara como discípulo, porque ele me perguntou se eu o ensinava a fazer guitarra baiana, e eu fui direto: Claro! Que ele trouxesse o material dele, que eu disponibilizava meus equipamentos...e que se ele cortasse o dedo, era problema dele. Magno é o tipo de cara que sabe ouvir e sabe como falar as coisas, o que é muito importante nessa área de luthieria. E fico feliz com a evolução dele, um cara que dizia que faria por hobby e hoje já está atendendo demanda no mercado. Procurem saber do trabalho dele. A Musiquinho é um modelo chamado Primma, que ele disse que depois da guitarra da filha, a próxima seria a minha, e esta aqui. Eu me sinto um felizardo; não é de ter um discípulo, é de ter um amigo que abraçou essa coisa de fazer guitarra baiana...considero ele um luthier profissional....e esta aqui a Primma: corpo de marupá, escala de jacarandá, braço em maple, uma coisa bacana que ele colocou é o afinador embutido.


A quarta guitarra baiana, é quase um pau elétrico, o primeiro projeto da Pallito, uma ideia do Magno, que pensou em ter um instrumento mais compacto possível, instrumento pequenininho, sem hand stock (na posição tradicional), captação piezo; foi um instrumento teste dele, que ele já aprimorou para Pallito 2.0.

Então esta ai, minhas quatro GB´s, ainda pretendo fazer uma seis cordas, pois na convencional existem com sete, oito, nove cordas, uma tendência. Mesmo que não seja algo que avance, é interessante para um Luthier experimentar.


Assistam o vídeo na íntegra e se inscrevam no canal Yuri Barreto Luthier.


Featured Posts
Recent Posts
Archive
Search By Tags
Follow Us
  • Facebook - White Circle
  • Twitter - White Circle
  • Instagram - White Circle
bottom of page